O Projeto Idanha-à-Vida inclui tanto um Programa de Restauro Ecológico como um Programa Socioeconómico, que se interligam. O planeamento do projeto foca-se em três aspetos a desenvolver ao longo do tempo: reciprocidade – restituir perdas do passado -, restauro -restaurar os sistemas ecológicos naturais ou ecossistemas – e regeneração – construir resiliência ecológica e social. Assim, a estratégia para o projeto parte de um enquadramento socioecológico em que o sonho, convertido numa vontade, se torna na visão que leva à prática ao longo dos próximos 25 anos, tendo tido início em 2021.
‘Vemo-nos como guardiões da terra, contribuindo consciente e ativamente para a sua recuperação, para que possamos entregá-la às gerações futuras em melhores condições.’
Para nós, isto significa lidar com os desafios socioecológicos dos nossos tempos, na terra que nos foi confiada, na região onde nos encontramos. Numa escala quase sem paralelo em Portugal, iniciámos um projeto de restauro que pretende reparar os danos causados à terra ao longo de quase um século de exploração através da agropecuária industrial, mas também combater, tanto quanto esteja ao nosso alcance, a devastadora evolução socioeconómica e demográfica que tem afetado a população local ao longo de pelo menos cinco décadas. Vemo-nos como guardiões da terra, contribuindo consciente e ativamente para a sua recuperação, para que possamos entregá-la às gerações futuras em melhores condições.
À medida que o projeto se consolidar, faremos esforços contínuos para nos tornarmos mais transparentes e inclusivos para com os nossos parceiros e stakeholders (partes interessadas), em especial os habitantes da aldeia de Idanha-a-Velha, de modo a garantir que levamos verdadeiramente em consideração o seu melhor interesse. Acreditamos que envolver a população local é essencial para que possamos prosperar em conjunto.